Durante a Idade Média, o armamento de tiro disponível limitava-se a engenhos que utilizavam como elementos propulsores a força resultante da flexão ou torção: a neurobalística. São disto exemplo o arco, a besta, a catapulta, etc.
Na segunda metade do séc. XIV, iniciou-se a utilização da pólvora como força propulsora -- a pirobalística --, o que permitiu o desenvolvimento de novos tipos de armas. Está neste caso o canhão e mais tarde os arcabuzes e a pistola.
É a passagem da neurobalística à pirobalística que vai determinar inovações na arte da guerra e obrigar a alterações na arquitectura militar. A torre vai dando lugar ao baluarte e as edificações deixam de se desenvolver em altura para se desenvolverem na horizontal.
O canhão inicialmente pouco eficaz, pelo seu peso, lentidão e falta de precisão de tiro, é melhorado ao longo do séc. XV. O rei D. João II (1481-1495) ordenou que se efectuassem no Sado, frente a Setúbal, experiências com armas de fogo em embarcações, dando início à artilharia de fogo naval. Por ordens expressas do rei são instaladas a bordo das caravelas "tiros grossos" e Lisboa seria defendida, antes da construção da Torre de Belém, por uma nau com canhões fundeada na barra do Tejo.
Colaboradores | Texto: Região de Turismo da Costa Azul |
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