(Ver também Castelos nas bandeiras autárquicas.)
D. Henrique | D. Sancho I | D. Afonso III | República
As bandeiras são algo de relativamente recente, tendo
derivado dos escudos de armas usados pelos reis. O escudo do Condado
Portucalense foi então o do Conde D. Henrique (1081-1139). Era
apenas uma cruz azul sobre fundo branco ("de prata, uma cruz de azul"),
e não continha referência alguma a castelos.
Quando D. Afonso Henriques subiu ao trono, acrescentou-lhe os besantes ou dinheiros (assinalados a branco), sinal de soberania nacional por indicar que o dono deste escudo podia cunhar moeda. (Os besantes, como rebites de aço que eram, serviam igualmente para dar mais solidez ao escudo.)
O seu filho D. Sancho substituiu a cruz azul por cinco quinas da
mesma cor, obtendo-se a bandeira que se vê ao lado.
Os castelos entraram nas armas de Portugal com a subida ao trono de Dom Afonso III, em 1248.
Não sendo o primogénito de seu pai, Dom Afonso III não deveria usar as armas paternas sem "diferença", de acordo com as práticas heráldicas da época: O seu casamento com Dona Beatriz de Castela influenciou assim a introdução de uma borda vermelha castelada a ouro.
O facto de ter sido Afonso III quem conquistou definitiva e completamente o Algarve levou à convicção de que os castelos representavam o dito território, e até, que a cada corresponderia determinado edifício militar daquela zona, uma ideia tão divulgada como errónea, tanto mais que nesta altura o número de castelos ainda era variável.
Muitas modificações sofreu a bandeira nacional entre 1248 e os nossos dias:
Um dos elementos que sobreviveram foram os castelos de Castela, agora fixados em sete.
Colaboradores | António Martins (Bacano) |
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